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sexta-feira, setembro 30, 2005

Autárquicas começam a aquecer politica em Faro



O candidato do PSD à Câmara de Faro, José Vitorino, desmentiu ter envolvido o nome do ex-autarca Luís Coelho, do PS, no processo do concurso do Parque da Pontinha.
Em comunicado de imprensa enviado à Agência Lusa, José Vitorino respondeu ao ex-presidente do município de Faro Luís Coelho, que esta manhã anunciou que iria apresentar uma queixa-crime contra o seu adversário do PSD por alegadas calúnias sobre a gestão do município.
"O que tem sido dito [nos debates] é que a câmara tudo faria para que fossem apuradas responsabilidades", lê-se na mesma nota de imprensa. (fonte: observatorio do algarve)

Agora sim é que isto vai começar a aquecer… com o calor que ai está, num instante teremos tudo a arder em Faro… estaremos cá à espera, na primeira fila!!!

Eclipse Anular do Sol

Pois é... na próxima segunda, pelas 9h 55 (na zona de Faro) teremos a Lua a fazer das suas!!! De tempos a tempos (mais propriamente de 28 em 28 dias) o nosso satélite natural passa entre o planeta Terra e o astro Sol. Nesta passagem cria uma faixa de ocultação e é esta faixa de ocultação que teremos a oportunidade de ver!!!

Por isso já sabem, todos a olhar para o Sol, com óculos apropriados, tal como os nossos amigos da rotunda da aeroporto....

segunda-feira, setembro 19, 2005

Elogio ao amor (Miguel Esteves Cardoso - Expresso)

"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas.
Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la.
Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível.
A culpa é minha.
O que for incompreensível não é mesmo para se perceber.
Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
O que quero é fazer o elogio do amor puro.
Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade.
Já ninguém quer viver um amor impossível.
Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática.
Porque dá jeito.
Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito.
Porque faz sentido.
Porque é mais barato, por causa da casa.
Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".
O amor passou a ser passível de ser combinado.
Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível.
O amor tornou-se uma questão prática.
O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona?
Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra.
O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso.
Odeio os novos casalinhos.
Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo.
O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina.
O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição.
Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.
O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.
Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém.
Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não gu ardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz.
Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra.
A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso Expresso

sábado, setembro 10, 2005

Boas novas…

O Orçamento do Estado português para 2006 vai reintroduzir incentivos fiscais (poupança à habitação, planos poupança à reforma, and soo on) à poupança de médio e longo prazo, anunciou ontem o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.

Um bem-haja, afinal não fazem somente porcaria!

Crédito habitação vs Suícidio

É a realidade que temos e é com ela que temos que aprender a viver!!!

Fiquei chocado ao abrir o Expresso de hoje (10/09/2005)! Ao verificar que, por norma, qualquer pessoa que tenha feito um crédito à habitação, na generalidade dos bancos, está absolutamente proibido de se suicidar.

Onde estão os nossos direitos, as nossas vontades? Quer dizer, lá por temos um crédito à habitação e nos passa pela real gana suicidar, não podemos?? Por favor!!!

Se o fizermos, os que cá deixamos, ficam obrigados a pagar até ao fim as prestações do empréstimo para a compra de casa.

Após o terceiro ano já somos livres para nos matarmos, porque o seguro assume o risco. Por isso se se estão a pensar suícidar, façam-no antes de adquirirem um crédito à habitação.

Mas há mais cláusulas curiosas de excepção. O Montepio excluiu da cobertura a morte na sequência de uma hérnia ou durante a caça de animais ferozes (cautelas por causa de Sócrates?). E o Barclays não paga se você for condenado à morte, ou for desta para melhor na sequência de um duelo.
Onde nós chegámos....

segunda-feira, setembro 05, 2005

Profissão "DESEMPREGO"

Aos 40 mil professores que não ficaram colocados nas listas do Ministério da Educação, juntam-se agora os cerca de cinco mil professores que não concorreram por terminarem o estágio ainda neste ano. Feitas as contas aos horários cíclicos atribuídos durante o ano, o número mais optimista de professores no desemprego não vai baixar dos 40 mil (isto porque o Governo alterou mais uma vez, durante o mês de Agosto as regras do jogo, porque senão o número seria ainda MAIOR).

O primeiro-ministro, que falava na Praça D. João I, no Porto, salientou que já no próximo ano lectivo 2006 / 2007 o concurso de colocação de professores nas escolas portuguesas será válido por um período de três ou quatro anos, conforme a duração do ciclo de ensino, de modo a evitar a instabilidade permanente provocada pelos professores em trânsito, saltando de escola para escola (aumentando no entanto a instabilidade daqueles que não conseguem colocação, e aqueles que a conseguem mas a 300/600 km’s de casa?? como ficam??).

Resumindo, os professores neste momento são SIMPLESMENTE bode expiatório para tudo e todos... assim onde irá parar o nosso ensino????? Isso para não falar na reforma ao 65 anos…

quinta-feira, setembro 01, 2005

Múmia, por favor, volta para a tua pirâmide!!!

Porque não um pouco de verticalidade… manter as palavras ditas à poucos meses atrás; nem foi assim há tantos, só foram três, afinal de contas!!!

Não obrigado, não é deste tipo de políticos que necessitamos para o nosso país!!!

Afinal de contas a reforma é aos 65 anos… e não aos 84…